A acessibilidade pensada para todos – Transportes Metropolitanos de Lisboa

A acessibilidade pensada para todos

A lotação esgotou na sessão pública de apresentação do Plano de Acessibilidade e Transportes de Pessoas com Deficiência na área metropolitana de Lisboa. É a prova de que o plano interessa de facto a muitos e que a sua construção deverá ser articulada e integradora de todas estas vozes.

Representantes da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e da Figueira de Sousa, promotores e responsáveis pelo plano em questão, mas também os demais envolvidos, como os municípios da área metropolitana de Lisboa, os operadores de transporte, as associações de pessoas com deficiência, as diferentes entidades com um papel na mobilidade e ainda o público em geral, assistiram, presencialmente ou via streaming, no dia 26 de junho, à sessão de apresentação do plano que está em construção desde setembro de 2024 e que visa a acessibilidade de todos, o que segundo Sónia Esperto, Presidente do Conselho Diretivo do INR, significa um salto civilizacional, na medida em que a “acessibilidade não é só um requisito legal, mas uma expressão concreta sobre os direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas.”

Rui Lopo, administrador da TML, reforçou que “todos devem poder utilizar os transportes públicos, com autonomia, conforto e segurança” e que este plano, que “não está fechado”, exige um trabalho contínuo de atualização de conhecimentos, para além de uma complexa validação política, devendo os seus resultados constituir uma aprendizagem para todo o país.

Fundamental para essa atualização de conhecimento será, por exemplo, a disponibilização do Mais Acessível, uma nova ferramenta de participação e de report que estará disponível dentro em breve, conforme anunciou Maria João Silveira, responsável da Figueira de Sousa, durante a apresentação do plano, onde, juntamente com Bruno Lamas, expôs os objetivos do plano, a estratégia de intervenção e os guiões de avaliação e de tipologias de intervenção.

Sobre o futuro deste plano, Catarina Marcelino, Coordenadora do Departamento de Estudos e Planeamento da TML, recordou que este é integrado com o Plano Metropolitano de Mobilidade Urbana Sustentável da área metropolitana de Lisboa (PMMUS), que está já na sua fase final. Os próximos passos para este plano específico serão: a disponibilização de toda a documentação, a criação de um grupo de trabalho para a sua implementação, a constante monitorização do plano, a criação das bases de um observatório da acessibilidade e a continuação do trabalho de identificação de financiamentos e candidaturas.

Ouvidas e registadas as considerações do público, relacionadas com temas como a comunicação e divulgação deste plano, financiamento público de equipamentos de acessibilidade e resolução de barreiras à acessibilidade, Carlos Humberto de Carvalho, Primeiro Secretário Metropolitano da área metropolitana de Lisboa, encerrou a sessão, garantindo que “temos muitos problemas e um desejo imenso de os resolver”.

Para mais informação, a gravação completa desta sessão, que contou com interpretação de Linguagem Gestual, está disponível no Youtube da Transportes Metropolitanos de Lisboa.