biclaR: TML chama municípios a debater o futuro ciclável – Transportes Metropolitanos de Lisboa

biclaR: TML chama municípios a debater o futuro ciclável

Mais do que a idealização das infraestruturas necessárias para garantir condições mínimas à circulação de bicicletas nas cidades, pensar o futuro ciclável na área metropolitana de Lisboa implica a mudança de paradigma, que começa com o envolvimento ativo das entidades que, direta ou indiretamente, traçam o futuro da mobilidade do país e da região. 

Nesse sentido, após a conclusão do projeto Rede Ciclável Metropolitana – Estudo, Modelação e Ferramenta de Apoio ao Planeamento e Decisão, para obter o feedback sobre a utilização da ferramenta biclaR, avaliando ativamente os seus impactos na mobilidade ciclável a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) organizou três workshops: dois dirigidos aos 18municípios da área metropolitana de Lisboa - Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Loures, Lisboa, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal,  Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira, no dia 6 de março; e um terceiro às entidades do Conselho Consultivo do projeto, de que fazem parte, designadamente, o IMT, a ANSR, as forças de segurança, associações de utilizadores, promoção da bicicleta e mobilidade, operadores de transporte, Abimota, empresas de mobilidade e de comunicação. 

O que é a biclaR? 

Desenvolvida no âmbito do estudo que a TML realizou em parceria com o Instituto Superior Técnico, a biclaR recorre a mapas, gráficos e demais instrumentos de medição para analisar as potenciais viagens em bicicleta com origem em cada um dos municípios da área metropolitana, com vista a um futuro ciclável na região. 

Trata-se de um instrumento pensado para identificar a rede ciclável metropolitana prioritária e identificar as rotas com maior potencial de viagens de bicicleta. Esta informação é fundamental para os decisores no momento de planear e investir em infraestrutural. Permite também medir os impactos ambientais e avaliar as estratégias para a melhoraria da intermodalidade com os restantes meios de transportes que circulam na área metropolitana. 

Foram definidos três cenários, considerando o objetivo de atingir as metas da Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030, com quotas de 4% e 10% de viagens em bicicletas em meio urbano: 1) viagens até 5 km; 2) viagens até 10 km e envolvendo utilização de bicicletas elétricas; 3) viagens até 5 km com complemento de transporte público.

Assim, esta ferramenta e a respetiva metodologia desenvolvida pela equipa do Instituto Superior Técnico, pode ser replicável noutras regiões do país, de forma a atingir os objetivos nacionais definidos para a mobilidade ciclável.

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