A TML inclui no seu Plano de Formação a temática específica relativa ao Regime Geral de Prevenção da Corrupção, dirigida aos respetivos dirigentes e trabalhadores, tendo elaborado um Programa de Formação Interna sobre a matéria de prevenção da corrupção, no qual está prevista a realização anualmente de várias sessões formativas, preferencialmente em formato e-learning, para que os dirigentes e trabalhadores(as) da empresa conheçam e compreendam as políticas e procedimentos de prevenção da corrupção e infrações conexas implementados.
Sem prejuízo de o programa formativo incluir um conteúdo mais genérico, de base, que inclui os instrumentos em vigor na TML, que compõem o Programa de Cumprimento Normativo, haverá também conteúdos específicos, tendo em conta o perfil hierárquico dos destinatários e as diferentes áreas funcionais dos departamentos integrantes da empresa, consoante a sua organização interna. Prevê-se ainda que a dinamização das sessões engobe uma parte teórica, que versa sobre as componentes comportamental e normativa, e uma parte prática, que inclui a componente de trabalho e reflexão em grupo.
O Programa instituído não prejudica a realização de outras formações, de caráter externo, sobre a temática de compliance para prevenção da corrupção, podendo ainda ser efetuadas periodicamente divulgações internas sobre estas temáticas para maior sensibilização dos(as) trabalhadores(as).
Entre os dias 21 e 23 de outubro, Lisboa acolheu a 3.ª Assembleia Geral do Projeto Europeu DeployEMDS, do qual a TML – Transportes Metropolitano de Lisboa é parceira e que visa facilitar o acesso, a transformação e a partilha de dados de mobilidade, promovendo um transporte mais eficiente, seguro, sustentável e resiliente.
Foi num ambiente de grande informalidade e entusiasmo que a TML e a EMEL, parceiras do projeto em Portugal e anfitriãs do evento, receberam mais de 80 profissionais do setor, que chegaram de vários pontos da Europa. Afinal, tratava-se de um momento presencial de planeamento, aprendizagem e intercâmbio entre pares, naquele que foi o arranque do último ano de implementação deste projeto que já dura há dois anos. “Está na hora de concretizar!”, afirmou Christopher Newman, coordenador do projeto, no momento de boas-vindas, que aconteceu no Impact Hub Lisbon, entre muitos sorrisos e convites a provar os famosos pastéis de nata da cidade.
“Temos um ano para encontrar soluções práticas juntos”
Recorde-se que o projeto DeployEMDS (European Mobility Data Space), que foi lançado oficialmente em novembro de 2023 e tem 31 de outubro de 2026 como data de conclusão, responde aos desafios descritos no Programa Europa Digital da UE para ajudar a tornar o espaço comum europeu de dados de mobilidade uma realidade. Ao todo, o projeto já está a apoiar ativamente mais de 20 projetos de implementação em nove regiões da União Europeia – Barcelona (Espanha), Île-de-France (França), Milão (Itália), Lisboa (Portugal), Flandres (Bélgica), Sófia (Bulgária), Estocolmo (Suécia), Tampere (Finlândia), e Budapeste (Hungria). Em Portugal são três os projetos, sendo um deles da responsabilidade da TML.
Sobre o envolvimento da TML no projeto europeu, Faustino Gomes, presidente da entidade, manifestou grande confiança e esperança. No primeiro painel de debate da Assembleia Geral – onde teve a oportunidade de trocar ideias com Dimitrios Gkatzoflias, responsável por políticas na área de mobilidade e dados de transporte na Comissão Europeia; Sofia Taborda, Diretora de Inovação e Soluções de Mobilidade da EMEL; Laura Babío Somoza especialista em eficiência no trânsito e transição justa da POLIS Network; e Christopher Newman, coordenador do projeto DeployEMDS da Acatech – Faustino Gomes evidenciou a importância dos dados no planeamento das operações da empresa.
Por outro lado, e sendo a TML uma das maiores Autoridades de Transporte em Portugal, “a partilha de dados com todas as outras autoridades e stakeholders é muito benéfica, na medida em que essa partilha conduz a uma aprendizagem mais rápida e à disponibilização de novos serviços”, concluiu.
Note-se que o caso de uso que a TML está a desenvolver no âmbito do DeployEMDS foi concebido para disponibilizar informação estruturada sobre as perturbações nos serviços da Carris Metropolitana, comparando dados reais, com dados de referência.
A experiência da TML
A Assembleia Geral contou ainda, no seu programa, com visitas técnicas em Lisboa. Na TML, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a sala de controlo da Carris Metropolitana, onde toda a operação é monitorizada em tempo real através de uma plataforma construída internamente para esse efeito e que começa já a ser expandida para outras operadoras de transporte.
Seguiu-se uma demonstração do caso em estudo da TML, no âmbito do DeployEMDS, a ferramenta que permite identificar e classificar a severidade das perturbações na operação da Carris Metropolitana, de forma a aumentar a eficiência da operação e a confiança nos horários e no serviço da operadora de transportes, contribuindo para a atratividade do transporte público como um todo.
“Estamos a desenvolver dashboards de base geográfica e temporal, que permitirão a municípios, autoridades de transporte, gestores de infraestruturas, operadores e passageiros terem conhecimento das causas e impactos daquelas perturbações, promovendo assim processos de tomada de decisão mais informados e a identificação das soluções mais adequadas, em cada caso: sistemas de prioridade semafórica, criação de vias BUS, alteração do esquema de circulação rodoviária, alteração de paragens, etc”.
“A utilização de dados standardizados permitirá que o caso de uso seja replicado por outras Autoridades de Transporte e operadores de serviços de transporte público rodoviário de passageiros”, esclareceu a TML, “mas já estamos a conseguir tirar conclusões que são promissoras quanto ao valor acrescentado da ferramenta”.
Ciente de que o sucesso da transição sustentável da aviação depende da colaboração entre todos os parceiros do setor, a ANA – Aeroportos de Portugal promoveu, a 15 de outubro, em Lisboa, o 1.º Fórum de Sustentabilidade, que reuniu representantes de instituições públicas, companhias aéreas, operadores de transporte, entidades regionais de turismo e empresas de energia e handling, e no qual a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) teve o prazer de participar.
Faustino Gomes, Presidente da TML, integrou o debate sobre “A mobilidade hoje e no futuro”, com moderação de Luís Amaral (Metropolitano de Lisboa) e participação de Pedro Pereira (Metropolitano de Lisboa), Susana Deus (PROXIMO, Rede VIZUR e Frota Azul – Algarve) e Álvaro Costa (Faculdade de Engenharia do Porto).
O evento deu ainda lugar a produtivas discussões sobre o aeroporto como alavanca do turismo e do desenvolvimento local e sobre a estratégia do setor aeroportuário rumo à meta Net Zero 2050.
Neste encontro, que reforçou a importância de agir em rede, de partilhar conhecimento e de definir estratégias conjuntas para responder aos desafios da mobilidade e da descarbonização, houve ainda lugar a um momento de reconhecimento dos parceiros que acompanham a ANA – Aeroportos de Portugal desde 2021 na jornada da descarbonização, onde a TML foi uma das homenageadas.
No Dia Nacional da Acessibilidade, a 20 de outubro, a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) apresentou, na Gare do Oriente, o projeto piloto de “WayFinding”, uma iniciativa pioneira que visa testar novas soluções de orientação e mobilidade autónoma para pessoas cegas ou com baixa visão em ambientes intermodais de transporte público.
O projeto resulta de uma iniciativa da TML, em parceria com o Metropolitano de Lisboa (ML), a Infraestruturas de Portugal (IP), o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), com o apoio técnico da SERTEC, e tem como objetivo avaliar a eficácia e aplicabilidade de tecnologias de acessibilidade e navegabilidade em interfaces complexas, nomeadamente a instalação de piso podotáctil e códigos NaviLens, na Gare do Oriente, que permitem orientar os utilizadores entre o terminal rodoviário da Carris Metropolitana e os cais da estação Oriente do Metropolitano de Lisboa.
Durante a sessão de apresentação, foram realizadas demonstrações práticas com pessoas cegas, que testaram o percurso e partilharam a sua experiência com o novo sistema de navegação.
Um projeto em fase piloto para testar soluções de mobilidade inclusiva
Este é um projeto piloto de carácter experimental, desenvolvido para avaliar a viabilidade e impacto real destas soluções no terreno, antes de uma eventual expansão a outras interfaces de transporte da Área Metropolitana de Lisboa.
“Queremos garantir que cada passo no sentido da acessibilidade e navegabilidade é dado com base em evidência e na experiência direta das pessoas que dela necessitam. O WayFinding deste projeto é um laboratório vivo, onde testamos se estas tecnologias são realmente mais-valias para a mobilidade das pessoas cegas”, sublinha Faustino Gomes, Presidente da Transportes Metropolitanos de Lisboa.
A TML recorda que a sua preocupação máxima é com as necessidades das pessoas, pelo que a avaliação prévia é essencial para determinar qual o modelo mais eficaz e sustentável para promover a autonomia e segurança das pessoas com deficiência visual.
A implementação de soluções tecnológicas deste tipo implica investimentos significativos pelo que devem ser testadas para se ganhar segurança de que cumprirão o seu objetivo – servir as pessoas.
Parceria interinstitucional pela acessibilidade
O projeto resulta de uma estreita colaboração entre entidades públicas e associativas, reunindo diferentes competências e perspetivas no domínio da mobilidade e da inclusão.
“O Metropolitano de Lisboa tem vindo a reforçar o seu compromisso com a acessibilidade plena. Este projeto permite testar soluções inovadoras que, com as adaptações necessárias às características das estações e às necessidades dos utilizadores, poderão ser aplicadas em toda a rede. O objetivo é implementar, de forma progressiva, um sistema de acessibilidade universal e intemporal, alinhado com as melhores práticas e com medidas já em curso, como a sinalização tátil, a informação sonora, os sistemas digitais, e a colaboração com entidades especializadas”, referiu Sónia Páscoa, Administradora do Metropolitano de Lisboa.
“Enquanto entidade gestora de infraestruturas, a IP valoriza estas parcerias que permitem compatibilizar acessibilidade e interligação com a restante envolvência, garantindo percursos inclusivos em todo o sistema de transportes”, afirmou Nuno Neves, Administrador da IP-Património.
“O INR congratula-se com esta iniciativa, lançada simbolicamente no Dia Nacional da Acessibilidade, que demonstra como a cooperação institucional pode gerar respostas concretas às necessidades das pessoas com deficiência”, destacou Sónia Esperto, Presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação.
“A ACAPO tem acompanhado de perto o desenvolvimento do WayFinding, contribuindo com a perspetiva de quem vive diariamente os desafios da orientação e deslocação. Este tipo de testes é fundamental para garantir que as soluções adotadas são realmente úteis para os utilizadores”, acrescentou Paulo Santos, Presidente da Delegação de Lisboa da ACAPO.
Sobre o projeto
Este projeto de ‘WayFinding’ propõe-se a testar a combinação de piso podotáctil e códigos NaviLens, que podem ser lidos através de aplicações móveis (Apps), fornecendo informações sonoras e visuais que orientam o utilizador de forma autónoma ao longo de todo o percurso entre o metro e o autocarro.
Os resultados deste projeto piloto irão servir de base à avaliação técnica e funcional destas soluções, contribuindo para definir futuras estratégias de investimento em acessibilidade e mobilidade inclusiva na rede metropolitana.